Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 20 de 28
Filtrar
1.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 29(3): e05202023, 2024. tab, graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1534170

RESUMO

Resumo O objetivo desse artigo é analisar séries temporais da mortalidade por câncer de colo do útero segundo raça/cor no Brasil de 2002 a 2021. Estudo ecológico de séries temporais com dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade e informações populacionais do IBGE. Variações anuais das taxas de mortalidade ajustadas por idade de mulheres de 20 anos ou mais foram estimadas pelo modelo de regressão linear simples com correção de Prais-Winsten. Foram registrados 133.429 óbitos por câncer de colo de útero, destes, 51,2% foram de mulheres negras. As mulheres negras morrem mais e têm menor queda do coeficiente. Houve aumento da desigualdade racial ao longo dos anos. Em 2002, ocorriam 0,08 óbitos/100 mil mulheres a mais na população negra comparada com a população branca; em 2021 esse número é de aproximadamente 1 óbito. Para a elaboração de políticas de saúde da mulher devem ser consideradas as diferenças raciais na implementação de estratégias e metas.


Abstract This ecological study examined time series, from 2002 to 20121, of age-adjusted coefficients of cervical cancer mortality, in Brazil, in women aged 20 years or more, by race. The information sources were Brazil's mortality information system (Sistema de Informação sobre Mortalidade - SIM) and the official bureau of statistics (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE). Annual changes in age-adjusted mortality rates were calculated using the Prais-Winsten linear regression method. Black women die more and the rate is decreasing less. Racial inequality has increased over the years. In 2002, there were 0.08 more deaths per 100,000 women in the black population than among white women; in 2021, the number was one death. Health policymaking should consider racial differences in the implementation of strategies and goals.

2.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 38(4): e00101721, 2022. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1374808

RESUMO

Trata-se de estudo descritivo que teve como objetivo discutir as repercussões da mudança na metodologia de coleta da variável cor/raça no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) sobre as taxas de mortalidade infantil (TMI) segundo cor/raça no Brasil. Foram analisadas as variações anuais nas frequências de nascidos vivos e óbitos infantis por cor/raça entre 2009 e 2017. As TMI por cor/raça foram estimadas segundo três estratégias: (1) método direto; (2) fixando-se, em todos os anos, as proporções de nascidos vivos por cor/raça observadas em 2009; e (3) fixando-se, em todos os anos, as proporções de óbitos por cor/raça observadas em 2009. As estratégias visaram explorar o efeito isolado das variações nas proporções de nascidos vivos ou de óbitos por cor/raça sobre as estimativas de TMI antes e após a mudança da variável cor/raça no SINASC. De 2011 para 2012 (ano de mudança da variável cor/raça no SINASC), verificou-se súbito incremento das Declarações de Nascidos Vivos (DNV) de cor/raça preta, parda e indígena, acompanhado de redução de DNV de cor/raça branca, sem variações correspondentes nos óbitos. O incremento do denominador da TMI das categorias de cor/raça socialmente mais vulnerabilizadas resultou na atenuação das TMI de pretos e indígenas, no incremento da TMI de brancos e, consequentemente, na redução artificial das iniquidades na mortalidade infantil por cor/raça. A mudança da variável cor/raça no SINASC interrompeu a série histórica de nascidos vivos por cor/raça, afetando os indicadores que potencialmente dependem desses dados para seu cálculo, como a TMI. Argumenta-se que as TMI por cor/raça antes e após a mudança no SINASC são indicadores distintos e não comparáveis.


This descriptive study aimed to discuss the repercussions of the change in the methodology for recording the color/race variable in the Brazilian Information System on Live Births (SINASC) on infant mortality rates (IMR) according to color/race in Brazil. Annual variations were analyzed in the rates of live births and infant deaths according to color/race from 2009 to 2017. The IMR according to color/race were estimated using three strategies: (1) direct method; (2) for every year, setting the same proportions of live births by color/race as observed in 2009; and (3) for every year, setting the same proportions of deaths by color/race as observed in 2009. The strategies aimed to explore the single effect of the variations in the proportions of live births or of deaths according to color/race on the estimated IMR before and after the change in the color/race variable in the SINASC database. Between 2011 and 2012 (the year of the change in the color/race variable in SINASC), there was a sudden increase in birthdates with black, brown, and indigenous color/race, along with a reduction in birthdates with white color/race, without no corresponding variations in deaths. The increase of more socially vulnerable color/race categories in the IMR denominator resulted in the attenuation of IMR for black and indigenous infants and in an increase in the IMR for white infants and consequently an artificial reduction in iniquities in infant mortality according to color/race. The change in the color/race variable in SINASC interrupted the historical series of live births by color/race, affecting indicators that potentially depend on these data for their calculation, in this case the IMR. The resulting argument is that infant mortality rates by color/race before versus after the change in the SINASC database are distinct and noncomparable indicators.


Estudio descriptivo que tuvo como objetivo discutir las repercusiones del cambio en la metodología de recogida de la variable color/raza en el Sistema de Información sobre Nacidos Vivos (SINASC) sobre las tasas de mortalidad infantil (TMI), según color/raza en Brasil. Se analizaron las variaciones anuales en las frecuencias de nacidos vivos y óbitos infantiles por color/raza entre 2009 y 2017. Las TMI por color/raza se estimaron según tres estrategias: (1) método directo; (2) fijándose, en todos los años, las proporciones de nacidos vivos por color/raza observadas en 2009; y (3) fijándose, en todos los años, las proporciones de óbitos por color/raza observadas en 2009. Las estrategias tuvieron como objetivo explorar el efecto aislado de las variaciones en las proporciones de nacidos vivos o de óbitos por color/raza sobre las estimaciones de TMI antes y tras el cambio de la variable color/raza en el SINASC. De 2011 a 2012 (año de cambio de la variable color/raza en el SINASC), se verificó un súbito incremento de las Declaraciones de Nacidos Vivos (DNV) de color/raza negra, mestiza e indígena, acompañado de una reducción de DNV de color/raza blanca, sin variaciones correspondientes en los óbitos. El incremento del denominador de la TMI de las categorías de color/raza socialmente más vulnerabilizadas resultó en la atenuación de las TMI de negros e indígenas y en el incremento de la TMI de blancos y, consecuentemente, en la reducción artificial de las inequidades en la mortalidad infantil por color/raza. El cambio de la variable color/raza en el SINASC interrumpió la serie histórica de nacidos vivos por color/raza, afectando los indicadores que potencialmente dependen de esos datos para su cálculo, como la TMI. Se argumenta que las TMI por color/raza antes y después del cambio en el SINASC son indicadores distintos y no comparables.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Lactente , Sistemas de Informação em Saúde , Brasil/epidemiologia , Sistemas de Informação , Etnicidade , Mortalidade Infantil , Nascido Vivo/epidemiologia
3.
Belo Horizonte; s.n; 2021. 170 p. ilus.
Tese em Português | LILACS, BDENF | ID: biblio-1371167

RESUMO

Objetivo: Analisar, sob a perspectiva de Enfermeiras Obstétricas negras, a interseccionalidade de gênero, raça e classe no seu contexto de trabalho. Percurso Metodológico: Estudo exploratório, de abordagem qualitativa, norteado pela Teoria da Interseccionalidade, de Kimberlé Crenshaw (1989). Realizaram-se entrevistas individuais, por meio virtual, de março a julho de 2020. Participaram 25 Enfermeiras Obstétricas negras, formadas pelo Curso de Especialização em Enfermagem Obstétrica ­ Rede Cegonha (CEEO II), realizado em 20 IFES, sob coordenação da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais como coordenação geral. Realizou-se a análise hermenêutico-dialética das narrativas, com suporte do Software MAXQDA 20 para armazenamento, organização e codificação dos dados. Resultados: A análise das narrativas das Enfermeiras Obstétricas negras permitiu construir três categorias: i) Invisibilidade da Interseccionalidade: percebiam uma forma de opressão, que foram Classe socioeconômica (12), Classe profissional (11), Gênero (06), Raça (03), Etnia (02), Orientação sexual (01), Competência profissional (23), Caráter profissional (01), Ser usuária de drogas (01), Ser portadora de visão monocular (01). ii) Desigualdades interseccionais: duas ou mais formas de opressão associadas, como classe socioeconômica e raça (04); gênero e raça (02); gênero e classe profissional (01); idade e vítima de violência (01); e usuária de drogas e classe socioeconômica (01). iii) Naturalização das desigualdades ­ não percebiam ou tinham dúvida se era uma situação de desigualdade. Sentimentos como tristeza, incômodo, indignação, vergonha, dor, desmotivação, solidão, cansaço, desvalorização, "ter que pisar em ovos" e "parecer estar ocupando um lugar que não é seu" foram citados quando relacionados à vivência das situações de desigualdades em si e por presenciarem outras pessoas na situação de oprimidas. Sentimentos como empatia, respeito, determinação, paciência e fortalecimento estavam relacionados à necessidade identificada pelas participantes de enfrentar e combater situações de opressão ou apoiar pessoa oprimidas. Essas situações de desigualdade foram enfrentadas por meio de diálogo/confronto, silenciamento, a auto-reflexão e a criação e fortalecimento de redes de apoio. As consequências das desigualdades foram a invisibilidade, comprometimento da saúde mental e de sua atuação como Enfermeira Obstétrica, afronta aos direitos humanos das mulheres, resistência e enfrentamentos para (re)existir. Os apontamentos para enfrentamentos, para além do ambiente de trabalho foram: investimento em políticas públicas para melhoria do pré-natal; educação da sociedade em geral e formação profissional e no trabalho para o reconhecimento e enfrentamento das desigualdades. Considerações Finais: A Teoria da Interseccionalidade contribuiu para a compreensão da intersecção de gênero, raça e classe no contexto de trabalho de Enfermeiras Obstétricas negras, além de outras formas de opressão. Este estudo poderá subsidiar discussões sobre a temática, a fim de criar espaço no trabalho para uma convivência que reconheça as desigualdades, mas que elabore e implemente estratégias de enfrentamento e combate à sua reprodução no ambiente de trabalho.


Objective: To analyze, from the perspective of black midwives, the intersectionality of gender, race, and class in their work context. Methods: Exploratory study, with a qualitative approach, guided by the Theory of Intersectionality, by Kimberlé Crenshaw (1989). Individual interviews were conducted online from March to July 2020. 25 black midwives participated, all of whom graduated from the Specialization Course in Midwifery - Rede Cegonha (CEEO II), held at 20 federal educational institutes (IFES), coordinated by the Nursing School of Federal University of Minas Gerais, in Brazil. Hermeneutic-dialectic analysis of the narratives was carried out, with support from the MAXQDA 20 Software for data storage, organization, and coding. Results: The analysis of the black midwives' narratives allowed the construction of three empirical categories: i) Invisibility of Intersectionality: they perceived a form of oppression regarding Socioeconomic class (12), Professional class (11), Gender (06), Race (03), Ethnicity (02), Sexual orientation (01), Professional competence (23), Professional character (01), Being a drug user (01), Having a monocular view (01). ii) Intersectional inequalities: two or more associated forms of oppression, such as socioeconomic class and race (04); gender and race (02); gender and professional class (01); age and victim of violence (01); and drug user and socioeconomic class (01). iii) Naturalization of inequalities - did not realize or doubted whether it would be a situation of inequality or not. These inequality situations were addressed through dialogue / confrontation, silencing, self-reflection, and the creation and strengthening of support networks. The consequences of inequalities were invisibility, implications for their mental health and their performance as midwives, affront to the women's human rights, resistance, and confrontations to (re)exist. Conclusions: The Theory of Intersectionality contributed to the understanding of the intersection of gender, race, and class in the context of the work of black midwives, in addition to other forms of oppression. This study can support discussions on the theme, in order to create space at work for a coexistence that recognizes inequalities, but that elaborates and implements strategies for coping and fighting their reproduction in the work environment.


Assuntos
Humanos , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Adulto Jovem , Enfermeiras Obstétricas , Enfermagem Obstétrica , Classe Social , Saúde de Gênero
4.
Online braz. j. nurs. (Online) ; 19(3)set. 2020. tab
Artigo em Inglês, Espanhol, Português | LILACS, BDENF | ID: biblio-1129542

RESUMO

OBJETIVO: Discutir sobre o perfil dos participantes da cirurgia bariátrica a partir das intersecções de gênero, raça e classe e a padronização sobre o corpo das mulheres. MÉTODOS: Coorte com 387 adultos submetidos à cirurgia bariátrica entre 2012 e 2014, em hospital geral de Minas Gerais. A associação entre as variáveis estudadas foi investigada em análises estratificadas por sexo, categoria autorreferida. RESULTADOS: A amostra foi composta predominantemente pelo sexo feminino, idade entre 31 e 45 anos e cor de pele parda. Observou-se diferença estatística entre cor de pele, renda média familiar entre os sexos. CONCLUSÃO: O predomínio da realização de cirurgias bariátricas pelo sexo feminino é pensado como integrante das relações de gênero, que se entrecruzam com as relações de raça e classe, configurando hierarquias. Torna-se necessária a articulação entre cirurgia bariátrica, educação em saúde e outras terapias que se refiram, principalmente, à liberdade de vivência do corpo com relações de gênero menos hierarquizantes e mais saudáveis.


OBJETIVO: Discutir el perfil de los participantes en cirugía bariátrica desde las intersecciones de género, raza y clase y la estandarización de los cuerpos de las mujeres. MÉTODOS: Cohorte con 387 adultos que se sometieron a cirugía bariátrica entre 2012 y 2014, en un hospital general de Minas Gerais. La asociación entre las variables estudiadas se investigó en análisis estratificados por género, categoría autoinformada. RESULTADOS: La muestra estuvo compuesta predominantemente por mujeres, con edades entre 31 y 45 años y color de piel morena. Hubo una diferencia estadística entre el color de la piel y el ingreso familiar promedio entre sexos. CONCLUSIÓN: Se piensa que el predominio de las cirugías bariátricas femeninas forma parte de las relaciones de género, que se entrelazan con las relaciones de raza y clase, configurando jerarquías. Es necesario articular la cirugía bariátrica, la educación para la salud y otras terapias que se refieren principalmente a la libertad del cuerpo para vivir relaciones de género menos jerárquicas y más saludables.


OBJECTIVE: To discuss the profile of participants in bariatric surgery concerning the intersections of gender, race and class and the standardization of women's bodies. METHODS: Cohort with 387 adults undergoing bariatric surgery between 2012 and 2014, in a general hospital in Minas Gerais General. The association between the studied variables was investigated in analyzes stratified by sex, a self-reported category. RESULTS: The sample was predominantly composed of females, aged between 31 and 45 years old and brown skin color. There was a statistical difference between skin color, average family income between genders. CONCLUSION: The predominance of female bariatric surgeries is thought to be part of gender relations, which intertwine with race and class relations, forming hierarchies. It becomes necessary to link bariatric surgery, health education and other therapies that refer mainly to the freedom of the body to experience less hierarchical and healthier gender relations


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Fatores Socioeconômicos , Saúde de Gênero , Cirurgia Bariátrica , Estudos de Coortes , Saúde da Mulher , Saúde do Homem
5.
São Paulo; SMS; jul. 2020. 59 p. graf, tab.(Boletim CEInfo Análise, XV, 18).
Monografia em Português | LILACS, ColecionaSUS, SMS-SP, CEINFO-Producao, SMS-SP | ID: biblio-1433828

RESUMO

A desigualdade social é um tema latente em nosso país, visto sua história de ex-colônia e de quase quatro séculos de escravização de pessoas negras. Nos últimos anos houve avanços na implementação de políticas públicas voltadas para a saúde da população negra, com a finalidade de melhorar a qualidade de vida desse grupo. Este boletim tem como objetivo fornecer subsídios para monitorar e avaliar essas políticas, para tanto serão apresentadas informações desagregadas por raça/cor. A população negra corresponde a 37% da população do Município de São Paulo (MSP), contudo tem 60,3% dos beneficiários do programa Bolsa Família. Entre 2012 a 2018 houve aumento da proporção de nascidos vivos de mães pretas e pardas, com maior proporção de mães adolescentes ­ 13,3% em relação às brancas ­ 7,8%; o início tardio do pré-natal e o acompanhamento insuficiente também é mais frequente em mulheres negras e indígenas. A população negra tem a maior proporção de casos de HIV notificados ­ 47,2%, risco relativo 2,5 vezes maior de ter Aids; corresponde a 54,9% dos casos de Sífilis Adquirida; teve aumento da incidência de Tuberculose, com maior risco relativo de adquirir a doença em relação aos brancos. Quanto ao estado nutricional, crianças negras apresentaram maior prevalência de excesso de peso e déficit de altura, em comparação as brancas. Os trabalhadores negros representam 37% dos ocupados, mas são vítimas de metade dos acidentes notificados ­ 51,4%. Em relação as doenças crônicas não transmissíveis, a mortalidade na população preta é maior por Hipertensão Arterial Sistêmica, Diabetes Melittus e Doença Cerebrovascular, tanto em menores como em maiores de 60 anos. A mortalidade por Câncer de Mama e de Colo Uterino se concentra acima dos 50 anos e mulheres pretas estão em primeiro lugar, seguidas das brancas. A violência acomete prioritariamente jovens negros de 15 a 29 anos, que representam 68,8% dos óbitos por Intervenção Legal nessa faixa etária. A mortalidade precoce, antes dos 65 anos de idade, ocorre muito mais no sexo masculino e na população negra. Apesar das políticas instituídas com olhar para a saúde da população negra, as iniquidades ainda estão presentes e os indicadores permitem visualizar essas vulnerabilidades. Fica o desafio de ampliar de fato o acesso aos serviços, diminuira as desigualdades a fim de melhorar a saúde da população negra


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Gravidez , Adolescente , População Negra/estatística & dados numéricos , Distribuição por Etnia , Mensuração das Desigualdades em Saúde , Racismo Sistêmico , Política de Saúde , Tuberculose/epidemiologia , Violência/estatística & dados numéricos , Sífilis/epidemiologia , Estado Nutricional , Prevalência , Síndrome de Imunodeficiência Adquirida/epidemiologia , Nascido Vivo/epidemiologia , Doenças não Transmissíveis/epidemiologia
6.
Epidemiol. serv. saúde ; 29(2): e2018428, 2020. tab
Artigo em Inglês, Português | SES-SP, ColecionaSUS, LILACS | ID: biblio-1133810

RESUMO

Objetivo: estimar a prevalência de extrações dentárias autorrelatadas e analisar os fatores associados em comunidades quilombolas de Feira de Santana, Bahia, Brasil. Métodos: estudo transversal, com 864 quilombolas; a associação entre autorrelato de extrações dentárias (sem experiência de extração; ≤5 dentes extraídos; >5 dentes extraídos) e possíveis fatores associados foi estimada por meio da regressão logística multinomial, considerando-se 95% de intervalo de confiança (IC95%). Resultados: extrações dentárias foram autorrelatadas por 82,0% dos quilombolas, sendo 49,8% com ≤5 e 32,2% com >5 dentes extraídos; ser do sexo masculino (OR ajustada = 1,7 - IC95% 1,1;2,7), encontrar-se empregado sem carteira assinada (OR ajustada = 2,7 - IC95% 1,3;5,7), ter idade ≥60 anos (OR ajustada = 5,2 - IC95% 1,9;14,1) e ter tido cárie dentária (OR ajustada = 4,1 - IC95% 2,5;6,7) associaram-se a maiores chances de ter extraído dentes. Conclusão: extrações dentárias estão associadas a condições de vulnerabilidade social vivenciadas pelos quilombolas do Semiárido baiano.


Objetivo: estimar la prevalencia de extracciones dentales auto-relatadas y analizar los factores asociados en las comunidades quilombolas de Feira de Santana, Bahia, Brasil. Métodos: estudio transversal, con 864 quilombolas; la asociación entre auto-relato de extracciones dentales (sin experiencia de extracción, ≤5 dientes extraídos y >5 dientes extraídos) y los posibles factores asociados fue estimada a través de la regresión logística multinomial considerando el 95% de intervalo de confianza (IC95%). Resultados: extracciones dentales fueron auto-relatadas por el 82,0%, siendo 49,8% con ≤5 y 32,2% con >5 dientes extraídos; sexo masculino (Odds Ratio ajustado = 1,7 - IC95%1,1;2,7), trabajadores sin estar en planilla (OR ajustado = 2,7 - IC95%1,3;5,7), con edad ≥60 (OR ajustado = 5,2 - IC95%1,9;14,1) y que mencionaron haber tenido caries dentales (OR ajustado = 4,1 - IC95%2,5;6,7), se asociaron a más probabilidades de haber extraído los dientes. Conclusión: extracciones dentales parecen estar asociadas a condiciones de vulnerabilidades sociales vividas por los quilombolas del Semiárido bahiano.


Objective: to estimate the prevalence of self-reported tooth extractions and analyze associated factors in quilombola communities in Feira de Santana, Bahia, Brazil. Methods: this was a cross-sectional study, with 864 quilombolas; association between self-reported tooth extractions (no experience of extraction; ≤5 extracted teeth; >5 extracted teeth), and possible associated factors was estimated using multinomial logistic regression, with a 95% confidence interval (95%CI). Results: tooth extractions were self-reported by 82.0% of quilombolas, 49.8% of whom had ≤5 teeth extracted and 32.2% of whom had >5 teeth extracted; greater likelihood of tooth extraction was associated with being male (adjusted OR = 1.7 - 95%CI1.1;2.7), working as an unregistered worker (adjusted OR = 2.7 - 95%CI1.3;5.7), being ≥60 years old (adjusted OR = 5.2 - 95%CI1.9;14.1) and reporting having dental caries (adjusted OR = 4.1 - 95%CI2.5;6.7). Conclusion: tooth extractions are associated with social vulnerability conditions experienced by the quilombolas of the semi-arid region of Bahia state.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Extração Dentária/estatística & dados numéricos , Saúde Bucal/estatística & dados numéricos , População Negra/etnologia , Fatores Socioeconômicos , Brasil , Etnicidade/estatística & dados numéricos , Saúde da População Rural/estatística & dados numéricos , Diagnóstico Bucal , Fatores Raciais
7.
Epidemiol. serv. saúde ; 28(1): e2018047, 2019. tab, graf
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-1001961

RESUMO

Objetivo: analisar a sobrevida de pessoas com aids e sua associação com escolaridade e raça/cor da pele. Métodos: coorte de diagnosticados entre 1998 e 1999, nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, com análise de sobrevida (método de Kaplan--Meier), estratificada por escolaridade e raça/cor da pele; a análise multivariada foi realizada mediante regressão de Cox. Resultados: foram incluídas 2.091 pessoas com sobrevida em 60 meses, a percentuais de 65% entre brancos e 62% entre pretos/pardos; o uso irregular de antirretrovirais (HR=11,2 - IC95%8,8;14,2) e a idade ≥60 anos (HR=2,5 - IC95%1,4;4,4) foram relacionados com menor sobrevida; escolaridade >8 anos (HR=0,4 - IC95%0,3;0,6) e sexo feminino (HR=0,6 - IC95%0,5;0,8) relacionaram-se positivamente com sobrevida; os menos escolarizados tiveram sobrevida menor. Conclusão: menor escolaridade sobrepôs-se às diferenças de raça/cor da pele, quando relacionada à sobrevida; tais desigualdades explicaram as diferenças observadas, mesmo com políticas de acesso universal aos antirretrovirais.


Objetivo: analizar la sobrevida de personas con sida y su asociación con escolaridad y raza/color de la piel. Métodos: cohorte de diagnosticados entre 1998 y 1999, en las regiones Sur y Sudeste de Brasil, con análisis de supervivencia (Kaplan-Meier), estratificados por educación y raza/color de la piel; el análisis multivariante se realizó con regresión de Cox. Resultados: fueron incluidas 2.091 personas con sobrevida de 60 meses, a porcentuales de 65% entre blancos y 62% entre negros/pardos; el uso irregular de antirretrovirales (HR=11,2 - IC95%8,8;14,2) y la edad ≥60 años (HR=2,5 - IC95%1,4;4,4) se relacionaron con una menor sobrevida; escolaridad >8 años (HR=0,4 - IC95%0,3;0,6) y sexo femenino (HR=0,6 - IC95%0,5;0,8) se relacionaron positivamente con sobrevida; los menos escolarizados tuvieron sobrevida menor. Conclusión: menor escolaridad se superpuso a las diferencias de raza/color de la piel referida, cuando relacionada a la supervivencia; tales desigualdades explicaron las diferencias observadas, aún con políticas de acceso universal a antirretrovirales.


Objective: to analyze the survival of people with AIDS and association with schooling and race/skin color. Methods: this was a retrospective cohort study of people diagnosed with AIDS between 1998 and 1999, in the South and Southeast regions of Brazil. We used survival analysis (Kaplan-Meier method), stratified by schooling and race/skin color and multivariate analysis was performed using Cox regression. Results: the study included 2,091 people who had survived at 60 months, with 65% survival among White participants and 62% among Black/brown participants. Irregular use of antiretroviral (HR=11.2 - 95%CI8.8;14.2), and age ≥60 years (HR=2.5 - 95%CI1.4;4.4) were related to lower survival; schooling >8 years (HR=0.4 - 95%CI0.3;0.6) and being female (HR=0.6 - 95%CI0.5;0.8) were positively related to survival; those with less schooling had lower survival. Conclusion: lower schooling levels overlap race/skin color differences in relation to survival; these inequalities explain the differences found, despite the policies on universal access to antiretroviral.


Assuntos
Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Infecções por HIV/mortalidade , Infecções por HIV/epidemiologia , Análise de Sobrevida , Estudos Retrospectivos , Síndrome de Imunodeficiência Adquirida/mortalidade , Síndrome de Imunodeficiência Adquirida/epidemiologia , Fatores Socioeconômicos , Brasil/epidemiologia , Estudos de Coortes , Acesso aos Serviços de Saúde/estatística & dados numéricos
8.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 35(supl.3): e00006119, 2019. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1019646

RESUMO

Resumo: As investigações sobre os sistemas de classificação racial no Brasil evidenciam as influências de aspectos socioeconômicos na expressão das categorias de cor/raça, com destaque para brancos e negros. O objetivo deste trabalho foi analisar arranjos específicos formados entre pais, mães e filhos em que, pelo menos, um deles era indígena. Com base na amostra do Censo Demográfico de 2010, foram selecionados domicílios com pelo menos três moradores (pai, mãe e filhos), sendo, pelo menos, um indígena. Os filhos foram caracterizados segundo cor/raça (branca, parda e indígena), sexo, idade, renda domiciliar per capita, escolaridade das mães e número de moradores nos domicílios urbanos e rurais. Foram realizadas análises descritivas e regressão logística multinomial. Estimou-se um total de 290.247 filhos (77,1% indígenas, 13,8% pardos e 9,1% brancos), dos quais 74,3% residiam em domicílios rurais e 41,3% na Região Norte; filhos brancos e pardos estavam localizados majoritariamente em áreas urbanas. As chances de os filhos de pais ou mães indígenas terem sido classificados como brancos foram mais expressivas nas regiões Sudeste e Sul. Os filhos apresentaram maiores chances de serem classificados como brancos e pardos com o aumento do rendimento mensal e da escolaridade materna. Os achados demonstram como a posição socioeconômica está associada de forma significativa com os processos de classificação de cor/raça no Brasil, também nos segmentos indígenas da população.


Abstract: Studies on racial classification systems in Brazil reveal the influence of socioeconomic factors in the expression of color/race categories, especially for whites and blacks. The aim of this study was to analyze specific family arrangements between fathers, mothers, and children, at least one of whom was indigenous. Based on the sample from the 2010 Population Census, we selected households with at least three residents (father, mother, and children), at least one of whom was indigenous. Children were characterized according to color/race (white, brown, and indigenous), sex, age, per capita household income, maternal schooling, and number of urban and rural household residents. Descriptive and multinomial logistic regression analyses were performed. We estimated a total of 290.247 children (of whom 77.1% were classified as indigenous, 13.8% brown, and 9.1% white), 74.3% living in rural households and 41.3% in the North region of Brazil; children classified as white and brown were located mostly in urban areas. The odds of children of indigenous fathers or mothers being classified as white were higher in the Southeast and South. The odds of children being classified as white or brown increased proportionally with monthly income and maternal schooling. The findings show that socioeconomic status is significantly associated with color/race classification in Brazil, including in indigenous households.


Resumen: Las investigaciones sobre los sistemas de clasificación racial en Brasil evidencian las influencias de aspectos socioeconómicos en la expresión de las categorías de color/raza, destacando blancos y negros. El objetivo de este trabajo fue analizar núcleos específicos familiares formados por padres, madres e hijos donde, por lo menos, uno de ellos era indígena. A partir de la muestra del Censo Demográfico 2010, se seleccionaron domicilios con por lo menos tres residentes (padre, madre e hijos), siendo, por lo menos, uno indígena. Todos ellos fueron caracterizados según color/raza (blanca, mestiza e indígena), sexo, edad, renta domiciliaria per cápita, escolaridad de las madres y número de residentes en los domicilios urbanos y rurales. Se realizaron análisis descriptivos y una regresión logística multinomial. Se estimó un total de 290.247 hijos (77,1% indígenas, 13,8% mestizos y 9,1% blancos), de los cuales un 74,3% residían en domicilios rurales y 41,3% en la región norte; los hijos blancos y mestizos estaban localizados mayoritariamente en áreas urbanas. Las oportunidades de que los hijos de padres o madres indígenas hayan sido clasificados como blancos fueron más expresivas en las regiones del sudeste y sur. Los hijos presentaron mayores oportunidades de ser clasificados como blancos y mestizos con el aumento de la renta mensual, así como de la escolaridad materna. Los hallazgos demuestran como la posición socioeconómica se asocia de forma significativa con los procesos de clasificación de color/raza en Brasil, también en los segmentos indígenas de la población.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Lactente , Pré-Escolar , Criança , Adolescente , Índios Sul-Americanos/estatística & dados numéricos , Características da Família/etnologia , Censos , População Rural/estatística & dados numéricos , Fatores Socioeconômicos , População Urbana/estatística & dados numéricos , Brasil , Pigmentação da Pele , Escolaridade , Pai/classificação , Pai/estatística & dados numéricos , Fatores Raciais/classificação , Fatores Raciais/estatística & dados numéricos , Mães/estatística & dados numéricos
9.
Rev. bras. med. fam. comunidade ; 13(40): 1-13, jan.-dez. 2018.
Artigo em Português | LILACS, ColecionaSUS | ID: biblio-969406

RESUMO

Objetivo: Realizar um diagnóstico situacional das condições de saúde da população negra no município de Florianópolis (SC). Métodos: Trata-se de estudo do tipo levantamento, descritivo. Os dados dos sistemas de informação em saúde foram consultados nas bases disponíveis (prontuários eletrônicos municipais, dados censitários e TABNET DATASUS estadual e nacional), com análise da variável raça/cor, no período de 2010 a 2016. Resultados: Os resultados revelam, na população negra, piores condições de escolaridade e renda, maior proporção de mães adolescentes, menor número de consultas pré-natal, maiores proporções de casos de sífilis em gestantes e tuberculose e menor cobertura de plano privado de saúde. Os pacientes negros frequentaram proporcionalmente mais os Centros de Atenção Psicossocial, em comparação aos atendimentos nos Centros de Saúde. Dentre as três primeiras causas de óbitos que encurtam a vida, AIDS e homicídios aparecem todos os anos dentre a população negra, não aparecendo na população branca. Causas perinatais também aparecem apenas dentre negros. Em 2016, suicídio tornou-se a terceira causa de óbito que encurta a vida na população parda. Conclusão: As piores condições de saúde na população negra podem refletir as piores condições socioeconômicas dessa população, bem como o racismo institucional e o mito da democracia racial brasileira


Objective: To achieve a situational diagnosis of the health conditions of the black population in the city of Florianopolis (SC). Methods: It is a survey-type research, descriptive. Data from the health information systems were consulted in the available databases (municipal electronic records, census data and state and national TABNET DATASUS), analyzing the race/color variable, from 2010 to 2016. Results: The results reveal, among black population, worst schooling and income conditions, higher proportion of adolescent mothers, lower number of prenatal consultations, higher proportions of cases of syphilis in pregnant women and tuberculosis, and lower coverage of private health plans. Black patients attended the Psychosocial Care Centers proportionally more than in the Health Centers. Among the three leading causes of life-shortening deaths, AIDS and homicides appear every year among the black population, not appearing in the white population. Perinatal causes also appear only among black people. In 2016, suicide became the third leading cause of death that shortens life in the brown population. Conclusion: The worst health conditions in the black population may reflect also the worst socioeconomic conditions of this population and the institutional racism and the myth of Brazilian racial democracy.


Objetivo: Se pretende realizar un diagnóstico situacional de las condiciones de salud de la población negra en el municipio de Florianópolis (SC). Métodos: Se trata de estudio del tipo compilación, descriptivo. Los datos de los sistemas de información en salud fueron consultados en las bases disponibles (prontuarios electrónicos municipales, datos censales y TABNET DATASUS estadual y nacional), analizando la variable raza/color, en el período de 2010 a 2016. Resultados: Los resultados revelan, en la población negra, peores condiciones de escolaridad y renta, mayor proporción de madres adolescentes, menor número de consultas prenatales, mayores proporciones de casos de sífilis en gestantes y tuberculosis y menor cobertura de plan privado de salud. Los pacientes negros frecuentan proporcionalmente más los Centros de Atención Psicosocial, en comparación a los atendimientos en los Centros de Salud. Entre las tres primeras causas de muertes que acortan la vida, la SIDA y los homicidios aparecen todos los años entre la población negra, no apareciendo en la población blanca. Causas perinatales también aparecen sólo entre negros. En 2016, el suicidio se convirtió en la tercera causa de muerte que acorta la vida en la población parda. Conclusión: Las peores condiciones de salud en la población negra pueden reflejar las peores condiciones socioeconómicas de esa población, bien como el racismo institucional y el mito de la democracia racial brasileña.


Assuntos
Humanos , Atenção Primária à Saúde , Estratégias de Saúde Nacionais , Capacitação de Recursos Humanos em Saúde , Saúde das Minorias Étnicas , Política de Saúde , Pessoal de Saúde , Capacitação Profissional
10.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 23(9): 2963-2978, set. 2018. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-952757

RESUMO

Resumo Este estudo avaliou os hábitos de higiene bucal e sua associação com fatores socioculturais, ambientais e relacionados à utilização de serviços odontológicos entre adolescentes rurais quilombolas e não quilombolas do interior da Bahia. Foi um estudo transversal realizado em 2015. Estimaram-se prevalências e razões de prevalências para os desfechos e foi conduzida análise múltipla por regressão de Poisson com variância robusta. Foram entrevistados 390 adolescentes, 42,8% quilombolas. Escovação dentária insatisfatória e não uso do fio dental foram encontrados em 33,3% e 46,7% dos adolescentes, respectivamente. Mostraram aumentar a escovação dentária insatisfatória: sexo masculino (RP = 1,45), não morar com ambos os pais (RP = 1,45), menor hábito de lavar as mãos (RP = 1,72) e pior autoavaliação da saúde bucal (RP = 1,38). Com o não uso de fio dental, mostraram-se associados: nível econômico E (RP = 1,54), maior idade (RP = 0,91) menor hábito de lavar as mãos (RP = 1,53) e pior autoavaliação da saúde bucal (RP = 1,33). Distintos fatores associados foram observados entre quilombolas e não quilombolas. Ressalta-se a necessidade de se considerar as especificidades das populações para a promoção da saúde bucal dos adolescentes e a importância da intersetorialidade entre educação e saúde e a atenção às famílias.


Abstract This study evaluated oral hygiene habits and their association with sociocultural, environmental factors and factors related to the use of dental services among Quilombola and non-Quilombola rural adolescents from inland Bahia. Thiswas a cross-sectional study conducted in 2015. Prevalence and prevalence ratios were estimated for the outcomes and multiple Poisson regression analysis with robust variance was performed. We interviewed 390 adolescents, of which 42.8% were Quilombola. Poor tooth brushing and non-flossing were found in 33.3% and 46.7% of adolescents, respectively. Poor tooth brushing was increased by male gender (PR = 1.45), not living with both parents (PR = 1.45), lower hand hygiene habit (PR = 1.72) and worse oral health self-assessment (PR = 1.38). Non-flossing was associated with economic level E (PR = 1.54), older age (PR = 0.91), lower hand hygiene habit (PR = 1.53) and worse oral health self-assessment (PR = 1.33). Different associated factors were observed between Quilombola and non-Quilombola. It is necessary to consider the specificities of the populations for the promotion of adolescent oral health and the importance of the intersectoriality between education and health and care to families.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Criança , Adolescente , Adulto Jovem , Higiene Bucal/normas , População Rural/estatística & dados numéricos , Saúde Bucal/estatística & dados numéricos , Serviços de Saúde Bucal/estatística & dados numéricos , Autoavaliação (Psicologia) , Fatores Socioeconômicos , Brasil , Distribuição de Poisson , Fatores Sexuais , Saúde Bucal/etnologia , Estudos Transversais , Fatores Etários , Higiene das Mãos/normas
11.
Epidemiol. serv. saúde ; 27(4): e2018022, 2018. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-975199

RESUMO

Objetivo: analisar a evolução da realização de ao menos sete consultas de pré-natal no Brasil, no período 2000-2015, segundo escolaridade da mãe e raça/cor da pele do recém-nascido. Métodos: estudo de série temporal com base no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc); investigaram-se desigualdades relativas e absolutas ajustadas pela idade materna e semana de gestação quando ocorreu o parto. Resultados: analisaram-se aproximadamente 48 milhões de nascimentos; a proporção de realização de sete ou mais consultas de pré-natal aumentou nacionalmente (de 46,0 para 66,9%) e em todos os grupos analisados; a diferença relativa entre os extremos de escolaridade variou de 3,0 para 2,0 e a absoluta de 53,1 para 47,7 pontos percentuais; a razão ajustada entre raça/cor da pele branca e preta era de 1,4 em 2000 e chegou a 1,2 em 2015. Conclusão: a proporção de gestantes com sete ou mais consultas de pré-natal aumentou no Brasil, embora desigualdades ainda tenham sido observadas.


Objetivo: analizar la evolucion de cobertura de siete o más consultas prenatales en mujeres embarazadas en Brasil, en el período 2000-2015 según el nivel de educación y la raza/color de piel del recién nacido. Métodos: estudio de series temporales basado en datos del Sistema de Informaciones sobre Nacidos Vivos (Sinasc); se investigaron las desigualdades relativas y absolutas, ajustadas por edad materna y semana gestacional por ocasión del parto. Resultados: se analizaron aproximadamente 48 millones de nacimientos; la proporción de siete o más consultas aumentó en Brasil (de 46.0% a 66.9%) en todos los grupos analizados; la diferencia relativa entre los extremos del nivel educativo varió de 3.0 a 2.0 y la diferencia absoluta de 53.1 a 47.7 puntos porcentuales; la razón ajustada entre raza/color blanca y negra, de 1,4 en 2000, llegó a 1,2 en 2015. Conclusión: la proporción de gestantes con siete o más consultas prenatales aumentó en Brasil, pero aún se observan desigualdades.


Objective: to analyze evolution as to conducting seven or more prenatal consultations with pregnant women in Brazil, in the period 2000-2015 according to maternal education level and race/skin color of the newborn baby. Methods: this was a time series study based on Live Births Information System (SINASC) data; relative and absolute inequalities were investigated, adjusted for maternal age and gestational week in which childbirth occurred. Results: we analyzed approximately 48 million births; the proportion of seven or more prenatal consultations increased nationally (from 46.0% to 66.9%) in all groups analyzed; the relative difference between the extremes of education level ranged from 3.0 to 2.0, while the absolute difference ranged from 53.1 to 47.7 percentage points; the adjusted ratio between White/Black race/skin color was 1.4 in 2000 and 1.2 in 2015. Conclusion: the proportion of pregnant women having seven or more prenatal consultations has increased in Brazil, although inequalities are still found.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Cuidado Pré-Natal , Escolaridade , Disparidades nos Níveis de Saúde , Saúde das Minorias Étnicas , Fatores Socioeconômicos , Estudos de Séries Temporais
12.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 34(9): e00211717, 2018. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-952455

RESUMO

Os objetivos foram investigar a associação entre raça/cor e a sobrevivência em 10 anos de mulheres com câncer de mama e o papel do estadiamento como mediador. Coorte hospitalar com 481 mulheres com câncer invasivo de mama, diagnosticadas entre 2003 e 2005. Foram feitas comparações entre mulheres brancas e negras quanto às características sociodemográficas e ao estadiamento, usando o teste qui-quadrado, e à sobrevivência em 10 anos, usando os métodos de Kaplan-Meier e regressão de Cox. Foram estimados para a variável raça/cor efeitos diretos e indiretos, mediados pelo estadiamento, com ajuste para a condição social da área de residência e idade, utilizando o modelo de respostas potenciais (contrafactual) e regressão múltipla de Cox. As mulheres negras residiam em setores censitários de menor renda, eram usuárias do setor público em maior proporção e foram diagnosticadas com estadiamentos mais avançados. A sobrevivência específica em 10 anos foi de 64,3% (IC95%: 60,0; 68,9), com diferença significativa entre brancas (69,5%; IC95%: 64,8; 74,6) e negras (44%; IC95%: 35,2; 55,1). Nos modelos múltiplos, ajustados para renda e idade, as negras tiveram pior prognóstico (HR = 2,09; IC95%: 1,76; 2,51), e a proporção mediada pelo estadiamento foi de 40% (IC95%: 37; 42). Há disparidade racial na sobrevivência do câncer de mama em 10 anos, mediada principalmente pelo estadiamento mais avançado da doença nas mulheres negras. Isso aponta para a necessidade de ampliar a cobertura e a qualidade do programa de rastreamento dessa doença e facilitar o acesso ao diagnóstico e tratamento precoces, com vistas à redução da iniquidade racial.


The study's objectives were to investigate the association between race/color and 10-year survival in women with breast cancer and the role of staging as mediator. This was a hospital cohort with 481 women with invasive breast cancer diagnosed from 2003 to 2005. Comparisons were made between white and black women as to sociodemographic characteristics and staging, using the chi-square test, and 10-year survival, using Kaplan-Meier and Cox regression methods. For the race/color variable, direct and indirect effects were estimated, mediated by staging, with adjustment for the socioeconomic status of the woman's area of residence and age, using the potential responses (counterfactual) model and Cox multiple regression. Black women living in low-income census tracts were more likely to use the public health care system and to be diagnosed at more advanced stages. Breast cancer-specific 10-year survival was 64.3% (95%CI: 60.0; 68.9), with a significant difference between whites (69.5%; 95%CI: 64.8; 74.6) and blacks (44; 95%CI: 35.2%; 55.1). In the multivariate models adjusted for income and age, black women had worse prognosis (HR = 2.09; 95%CI: 1.76; 2.51), and the proportion mediated by staging was 40% (95%CI: 37; 42). There is racial disparity in 10-year breast cancer survival in Brazilian women, mediated mainly by more advanced staging at diagnosis in black women. This highlights the need to expand both the coverage and the quality of breast cancer screening and to facilitate access to early diagnosis and treatment in order to reduce racial inequality.


Los objetivos fueron investigar la asociación entre raza/color y la supervivencia en 10 años de mujeres con cáncer de mama y el papel de la fase de desarrollo como mediador. Se trata de una cohorte hospitalaria de 481 mujeres, con cáncer invasivo de mama, diagnosticadas entre 2003 y 2005. Se realizaron comparaciones entre mujeres blancas y negras, en cuanto a las características sociodemográficas y a la fase del cáncer, usando el test chi-quadrado, y la supervivencia en 10 años, usando los métodos de Kaplan-Meier y regresión de Cox. Se estimaron para la variable raza/color efectos directos e indirectos, mediados por las diferentes fases, con ajuste en la condición social del área de residencia y edad, utilizando el modelo de respuestas potenciales (contrafactual) y regresión múltiple de Cox. Las mujeres negras residían en sectores censitarios de menor renta, eran usuarias del sector público en mayor proporción y fueron diagnosticadas en fases más avanzadas. La supervivencia específica en 10 años fue de un 64,3% (IC95%: 60,0; 68,9), con una diferencia significativa entre blancas (69,5%; IC95%: 64,8%-74,6%) y negras (44%; IC95%: 35,2; 55,1). En los modelos múltiples, ajustados para renta y edad, las negras tuvieron un peor pronóstico (HR = 2,09; IC95%: 1,76-2,51), y la proporción mediada por el estadio fue de un 40% (IC95%: 37; 42). Existe disparidad racial en la supervivencia del cáncer de mama en 10 años, mediada principalmente por el estadio más avanzado de la enfermedad en las mujeres negras. Esto apunta la necesidad de ampliar la cobertura y calidad del programa de rastreo de esa enfermedad y facilitar el acceso al diagnóstico y tratamiento precoces, con vistas a la reducción de la inequidad racial.


Assuntos
Humanos , Feminino , Idoso , Neoplasias da Mama/etnologia , Neoplasias da Mama/mortalidade , Disparidades nos Níveis de Saúde , Fatores Socioeconômicos , Fatores de Tempo , Brasil/etnologia , Neoplasias da Mama/patologia , Modelos de Riscos Proporcionais , Taxa de Sobrevida , Estudos de Coortes , Distribuição por Idade , População Negra , População Branca , Estimativa de Kaplan-Meier , Disparidades em Assistência à Saúde/etnologia , Fatores Raciais , Pessoa de Meia-Idade , Estadiamento de Neoplasias
13.
Saúde Soc ; 26(1): 88-99, jan.-mar. 2017.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-962519

RESUMO

Resumo Esse estudo, descritivo com abordagem qualitativa, tem por finalidade compreender as manifestações de discriminação racial e de classe que ocorrem com pessoas que vivenciam a doença falciforme. Participaram do estudo 33 pessoas. O corpus de análise foi composto do registro das narrativas e observações de campo contidas no Diário de Pesquisa. Os resultados mostraram que o preconceito na área da saúde, muitas vezes, se manifesta por meio do racismo institucional. No âmbito socioeconômico, as pessoas que vivenciam o agravo muitas vezes têm poder aquisitivo menor, em parte devido ao próprio racismo, e também devido às limitações que o adoecimento impõe. Evidenciamos que a qualidade de atendimento e infraestrutura dos serviços de saúde está diretamente relacionada à cor e classe social dos usuários. Com este estudo foi possível compreender mais profundamente esse fenômeno social em saúde, permitindo a elaboração de medidas para solucionar esse quadro de violação de direitos humanos. Assim, sugere-se a realização de outros estudos com foco nas implicações sociais da doença falciforme, para aprimorar a qualidade dos serviços de saúde prestados a essa população.


Abstract This study aimed to understand the manifestations of racial and class discrimination that occur with people who experience sickle cell disease. Descriptive study with qualitative approach. The study included 33 people. The analysis corpus consisted of recording the narratives and field observations in the Research Diary. The results showed that the prejudice in health often manifests itself through institutional racism. In the socioeconomic sphere, people who experiencing the grievance often have lower income, partly due to racism itself, and also because of the limitations that illness impose. We showed that the quality of service and infrastructure of health services is directly related to color and social class of users. With this study, we more deeply understand this social phenomenon in health, allowing the development of measures to resolve this situation of violation of human rights. Thus, it is suggested to further studies focusing on the social implications of sickle cell disease, aiming to improve the quality of health services to this population.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Classe Social , Saúde das Minorias Étnicas , Racismo , Serviços de Saúde , Anemia Falciforme , Pesquisa Qualitativa
14.
Cad. saúde pública (Online) ; 33(supl.1): e00104416, 2017.
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-839724

RESUMO

Abstract: In 2003, a Committee of the Institute of Medicine of the National Academy of Sciences summarized hundreds of studies documenting that US racial minorities, especially African Americans, receive poorer quality health care for a wide variety of conditions than their White counterparts. These racial differences in health care persist after controlling for sociodemographic factors and patients’ ability to pay for care. The Committee concluded that physicians’ unconscious negative stereotypes of African Americans, and perhaps other people of color, likely contribute to these health care disparities. This paper selectively reviews studies published after 2003 on the likely contribution of physicians’ unconscious bias to US health care disparities. All studies used the Implicit Association Test which quantifies the relative speed with which individuals associate positive attributes like “intelligent” with Whites compared to Blacks or Latino/as. In addition to assessing physicians’ unconscious attitudes toward patients, some studies focused on the behavioral and affective dimensions of doctor-patient communication, such as physicians’ “verbal dominance” and whether patients felt respected. Studies reviewed found a “pro-white” unconscious bias in physicians’ attitudes toward and interactions with patients, though some evidence suggests that Black and female physicians may be less prone to such bias. Limited social contact between White physicians and racial/ethnic minorities outside of medical settings, plus severe time pressures physicians often face during encounters with patients who have complex health problems could heighten their susceptibility to unconscious bias.


Resumo: Em 2003, um comitê do Instituto de Medicina da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos resumiu centenas de estudos documentando o fato de minorias raciais americanas, e principalmente os afro-americanos, receberem cuidados de saúde piores para uma ampla gama de doenças, em comparação com seus concidadãos brancos. Tais diferenças raciais persistem mesmo depois de ajuste para fatores sociodemográficos e para a capacidade dos pacientes de pagar pela assistência. O comitê concluiu que os estereótipos negativos inconscientes dos médicos contra afro-americanos, e talvez contra outras pessoas de cor, provavelmente contribuem para essas disparidades. O artigo faz uma revisão seletiva de estudos publicados desde 2003 sobre a provável contribuição do preconceito inconsciente dos médicos americanos para as desigualdades nos cuidados de saúde. Todos os estudos usaram o Teste de Associação Implícita, que quantifica a velocidade relativa com que os indivíduos associam atributos positivos como “inteligentes” aos brancos, comparados com os negros ou latinos. Além de avaliar atitudes inconscientes dos médicos em relação aos pacientes, alguns estudos analisaram as dimensões comportamentais e afetivas da comunicação médico-paciente, como a “dominância verbal” dos médicos e o fato dos pacientes se sentirem, ou não, respeitados. Os estudos revisados detectaram um viés inconsciente “pró-branco” nas atitudes e na interação dos médicos com os pacientes, embora algumas evidências sugiram que os médicos negros e as médicas podem ser menos propensos a esse tipo de viés. O contato social limitado entre médicos brancos e minorias étnico-raciais fora do contexto clínico e a premência do tempo com que os médicos lidam muitas vezes durante encontros com pacientes com problemas de saúde complexos podem agravar a susceptibilidade dos médicos ao preconceito inconsciente.


Resumen: En 2003, un comité del Instituto de Medicina de la Academia Nacional de Ciencia de los Estados Unidos resumió cientos de estudios que documentan el hecho de que las minorías raciales estadounidenses, especialmente los afroamericanos, reciben atención de salud peor para una amplia gama de enfermedades, en comparación con sus conciudadanos blancos. Las diferencias raciales en persisten incluso después del ajuste por factores sociodemográficos y la capacidad de los pacientes para pagar la atención. El comité concluyó que los estereotipos negativos inconscientes de los médicos contra los afroamericanos, y tal vez contra otras personas de color, probablemente contribuyen a estas disparidades. El artículo es una revisión selectiva de los estudios publicados desde 2003 sobre la posible contribución de la predisposición inconsciente de los médicos estadounidenses a las desigualdades en la atención sanitaria. Todos los estudios utilizaron el Test de Asociación Implícita, que cuantifica la velocidad relativa con la que los individuos asocian atributos positivos, como “inteligente”, a los blancos en comparación con los negros o latinos. Además de evaluar las actitudes inconscientes de los médicos hacia los pacientes, algunos estudios se centraron en las dimensiones conductuales y afectivas de la comunicación médico-paciente, como la “dominación verbal” de los médicos y si los pacientes se sentían respetados. Los estudios revisados encontraron un sesgo inconsciente “pro-blanco” en las actitudes e interacciones de los médicos con los pacientes, aunque algunas evidencias sugieren que los médicos negros y las mujeres pueden ser menos propensos a este sesgo. Un contacto social limitado entre los médicos blancos y las minorías raciales/étnicas fuera de los ambientes médicos, más las presiones de tiempo severas a las que suelen enfrentarse los médicos durante encuentros con pacientes que tienen complejos problemas de salud, podrían aumentar su susceptibilidad al sesgo inconsciente.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Relações Médico-Paciente , Equidade em Saúde , Disparidades em Assistência à Saúde/etnologia , Racismo , Estados Unidos , Negro ou Afro-Americano , Atitude do Pessoal de Saúde , Etnicidade , Hispânico ou Latino , Grupos Raciais , População Branca
15.
Cad. saúde pública (Online) ; 33(4): e00005716, 2017. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-839700

RESUMO

Resumo: Este artigo objetivou identificar a prevalência de insegurança alimentar em uma área rural do Nordeste do Brasil e investigar este desfecho de acordo com a residência em comunidades quilombolas e não quilombolas. Foi um estudo transversal com 21 comunidades rurais, sendo nove quilombolas, em 2014, utilizando a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). Foram estimadas prevalências e razões de prevalência para insegurança alimentar, e a análise múltipla foi conduzida por regressão de Poisson com variância robusta. A situação de insegurança alimentar foi encontrada em 52,1% das famílias estudadas, sendo 64,9% entre quilombolas e 42% entre as demais. Insegurança alimentar foi associada a ser quilombola (RP = 1,25); ter nível econômico mais baixo (RP = 1,89; 2,98 e 3,22 para os níveis C2, D e E, respectivamente); ser beneficiário do Programa Bolsa Família (RP = 1,52); e ter quatro residentes ou mais no domicílio (RP = 1,20). A prevalência de insegurança alimentar foi elevada em toda a população, no entanto as comunidades quilombolas, apesar de pertencerem à mesma área de abrangência das outras comunidades, apresentaram uma prevalência ainda maior de insegurança alimentar, reforçando a vulnerabilidade dessa população.


Abstract: This study aimed to measure the prevalence of food insecurity in a rural area of Northeast Brazil and investigate this outcome according to residence in quilombola communities (descendants of African slaves) versus non-quilombola communities. This was a cross-sectional study in 21 rural communities, 9 of which quilombolas, in 2014, using the Brazilian Food Insecurity Scale (EBIA). Prevalence rates and prevalence ratios were estimated for food insecurity, and Poisson multiple regression analysis with robust variance was performed. Food insecurity was found in 52.1% of the families: 64.9% in quilombola communities and 42% in the others. Food insecurity was associated with belonging to a quilombola community (PR = 1.25), lower economic status (PR = 1.89; 2.98, and 3.22 for status C2, D, and E, respectively), beneficiaries of Bolsa Família program (PR = 1.52), and four or more household members (PR = 1.20). Food insecurity prevalence was high in the entire population, but it was even higher in quilombola communities, even though they belonged to the same coverage area. The results emphasize this population’s vulnerability.


Resumen: Este artículo tuvo como objetivo identificar la prevalencia de la inseguridad alimentaria en un área rural del Nordeste de Brasil e investigar este resultado, de acuerdo con la residencia en comunidades quilombolas y no quilombolas. Fue un estudio transversal con 21 comunidades rurales, siendo 9 quilombolas, en 2014, utilizando Escala Brasileña de Inseguridad Alimentaria (EBIA). Se estimaron prevalencias y razones de prevalencia para inseguridad alimentaria, y el análisis múltiple fue dirigido por regresión de Poisson con variancia robusta. La situación de inseguridad alimentaria se encontró en un 52,1% de las familias estudiadas, siendo un 64,9% entre quilombolas y un 42% entre las demás. Inseguridad alimentaria se asoció a ser quilombola (RP = 1,25); tener un nivel económico más bajo (RP = 1,89; 2,98 y 3,22 para los niveles C2, D y E, respectivamente); ser beneficiario del programa Beca Familia (RP = 1,52); y la existencia de 4 residentes o más en el domicilio (RP = 1,20). La prevalencia de inseguridad alimentaria se elevó en toda la población, no obstante, las comunidades quilombolas, a pesar de pertenecer a la misma área de alcance de las otras comunidades, presentaron una prevalencia incluso mayor de inseguridad alimentaria, reforzando la vulnerabilidad de esa población.


Assuntos
Humanos , Pré-Escolar , Adolescente , População Negra , Abastecimento de Alimentos/estatística & dados numéricos , População Rural , Fatores Socioeconômicos , Brasil , Características da Família , Estado Nutricional/etnologia , Prevalência , Estudos Transversais , Inquéritos e Questionários , Fatores de Risco , Inquéritos Epidemiológicos
16.
Rev. saúde pública ; 51: 35, 2017. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-845880

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE To analyze the quality of records for live births and infant deaths and to estimate the infant mortality rate for skin color or race, in order to explore possible racial inequalities in health. METHODS Descriptive study that analyzed the quality of records of the Live Births Information System and Mortality Information System in Rondônia, Brazilian Amazonian, between 2006-2009. The infant mortality rates were estimated for skin color or race with the direct method and corrected by: (1) proportional distribution of deaths with missing data related to skin color or race; and (2) application of correction factors. We also calculated proportional mortality by causes and age groups. RESULTS The capture of live births and deaths improved in relation to 2006-2007, which required lower correction factors to estimate infant mortality rate. The risk of death of indigenous infant (31.3/1,000 live births) was higher than that noted for the other skin color or race groups, exceeding by 60% the infant mortality rate in Rondônia (19.9/1,000 live births). Black children had the highest neonatal infant mortality rate, while the indigenous had the highest post-neonatal infant mortality rate. Among the indigenous deaths, 15.2% were due to ill-defined causes, while the other groups did not exceed 5.4%. The proportional infant mortality due to infectious and parasitic diseases was higher among indigenous children (12.1%), while among black children it occurred due to external causes (8.7%). CONCLUSIONS Expressive inequalities in infant mortality were noted between skin color or race categories, more unfavorable for indigenous infants. Correction factors proposed in the literature lack to consider differences in underreporting of deaths for skin color or race. The specific correction among the color or race categories would likely result in exacerbation of the observed inequalities.


RESUMO OBJETIVO Analisar a qualidade dos registros de nascidos vivos e de óbitos infantis e estimar a taxa de mortalidade infantil segundo cor ou raça, a fim de explorar iniquidades étnico-raciais em saúde. MÉTODOS Estudo descritivo que analisou a qualidade dos registros do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos e do Sistema de Informações sobre Mortalidade em Rondônia, Amazônia brasileira, entre 2006-2009. As taxas de mortalidade infantil foram estimadas nas categorias de cor ou raça, pelo método direto, e corrigidas por: (1) distribuição proporcional dos óbitos com cor ou raça ignorada; e (2) aplicação de fatores de correção. Efetuou-se também o cálculo da mortalidade proporcional por causas e grupos etários. RESULTADOS Entre 2008-2009, a captação de nascimentos e óbitos melhorou em relação aos anos de 2006-2007, requerendo fatores de correção menores para estimar a taxa de mortalidade infantil. O risco de morte de crianças indígenas (31,3/1.000 nascidos vivos) foi maior que o registrado nos demais grupos de cor ou raça, excedendo em 60% a mortalidade infantil média no estado (19,9/1.000 nascidos vivos). As crianças pretas apresentaram as maiores taxas de mortalidade infantil neonatal, enquanto as indígenas apresentaram as maiores taxas de mortalidade infantil pós-neonatal. Observou-se que 15,2% dos óbitos indígenas foram por causas mal definidas, enquanto nos demais grupos não ultrapassaram 5,4%. A mortalidade infantil proporcional por doenças infecciosas e parasitárias foi maior entre indígenas, ao passo que entre crianças pretas, sobressaíram as causas externas (8,7%). CONCLUSÕES Observaram-se expressivas iniquidades na mortalidade infantil entre as categorias de cor ou raça, com situação mais desfavorável às crianças indígenas. Os fatores de correção propostos na literatura não consideram diferenças na subenumeração de óbitos entre as categorias de cor ou raça. A correção específica entre as categorias de cor ou raça provavelmente resultaria em exacerbação das iniquidades observadas.


Assuntos
Humanos , Lactente , Causas de Morte , Grupos Raciais/estatística & dados numéricos , Sistemas de Informação em Saúde/normas , Mortalidade Infantil/etnologia , Brasil/etnologia , Confiabilidade dos Dados , Atestado de Óbito
17.
Einstein (Säo Paulo) ; 14(3): 330-337, July-Sept. 2016. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-796982

RESUMO

ABSTRACT Objective: To assess aspects related to cancer in indigenous population. Methods: This is a retrospective study developed in a public university hospital. We included patients with 18 or more years of age, diagnosed with solid tumors, and followed between 2005 and 2015. Clinical features were assessed by descriptive statistics, and survival was evaluated by Kaplan-Meier curves and multivariate Cox regression. Results: Fifty patients were included. The cancer incidence was 15.73 per 100,000. The mean age at diagnosis was 54 years and most patients were female (58%). Cancer of the cervix (28%) and prostate (16%) were the most common. The mean time between the onset of symptoms and the diagnosis was 9 months and from diagnosis to the treatment was 3.4 months. Disease diagnosed at stage IV (17%) had worse overall survival (HR: 11.4; p<0.05). The 5-year survival rate ranged from 88% for prostate cancer to 0% for lung cancer. All 5-year survival rates were lower as compared to other populations. Conclusion: The most prevalent cancer sites were cervix and prostate. Disease stage and primary site were prognostic factors.


RESUMO Objetivo: Avaliar os aspectos relacionados a câncer em populações indígenas. Métodos: Estudo retrospectivo conduzido em um hospital universitário público. Foram incluídos pacientes com 18 anos ou mais, diagnosticados com tumores sólidos e acompanhados entre 2005 e 2015. Os aspectos clínicos foram avaliados por meio de estatística descritiva, e a sobrevida foi avaliada por meio de curvas de Kaplan-Meier e regressão multivariada de Cox. Resultados: Foram incluídos 50 pacientes. A incidência de câncer foi 15,73 por 100 mil. A média de idade ao diagnóstico foi 54 anos, e a maioria era do sexo feminino (58%). O câncer de colo uterino (28%) e o de próstata (16%) foram os mais frequentes. O tempo médio entre o início dos sintomas e o diagnóstico foi 9 meses, e entre o diagnóstico e o tratamento, de 3,4 meses. Doença diagnosticada no estágio IV (17%) resultou em pior sobrevida global (HR: 11,4; p<0,05). A sobrevida em 5 anos variou de 88% para o câncer de próstata a 0% para pulmão. Todas as taxas de sobrevida em 5 anos foram menores em comparação a outras populações. Conclusão: Os locais mais frequentes de neoplasia foram colo de útero e próstata. O estágio da doença e o sítio primário foram fatores prognósticos.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Adulto Jovem , Índios Sul-Americanos/estatística & dados numéricos , Neoplasias/epidemiologia , Neoplasias da Próstata/etiologia , Neoplasias da Próstata/patologia , Neoplasias da Próstata/epidemiologia , Brasil/epidemiologia , Neoplasias do Colo do Útero/etnologia , Neoplasias do Colo do Útero/patologia , Neoplasias do Colo do Útero/epidemiologia , Incidência , Taxa de Sobrevida , Estudos Retrospectivos , Atenção à Saúde/estatística & dados numéricos , Serviços de Saúde do Indígena/estatística & dados numéricos , Estadiamento de Neoplasias , Neoplasias/etnologia , Neoplasias/terapia
18.
Saúde Soc ; 25(3): 673-688, jul.-set. 2016.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-830874

RESUMO

Resumo Este artigo apresenta uma revisão crítica de teorias, técnicas e práticas que visam a potencialização da saúde de mulheres negras com foco em concepções sobre resiliência. Além da literatura acadêmica, em especial da psicologia, o texto mobiliza diferentes fontes sobre relações raciais, inclusive a produção do movimento social. Mulheres negras estão expostas à privação de direitos humanos, à ineficiência dos programas de governo na garantia do direito à educação e à saúde integral, entre outros. Estão também expostas à incidência frequente do racismo e do sexismo, que se traduzem em prejuízos à sua saúde. A concepção processual de resiliência adotada neste artigo, que resulta tanto da reflexão crítica sobre a literatura como de resultados de pesquisa apresentados, fortalece a adoção de uma perspectiva psicossocial, resultante da análise das vulnerabilidades integrada ao quadro dos direitos humanos. Conclui-se pela produtividade de iniciativas que incluam a sabedoria prática das mulheres negras e a valorização de experiências coletivas e transgeracionais que as apoiam para superar os contextos de alta vulnerabilidade a que estão expostas, estimulando a potencialização de processos de resiliência. Nessa perspectiva será necessário considerar não apenas o acolhimento das mulheres negras, mas também suas experiências e instâncias de pertencimento, suas trajetórias, suas redes, comunidades e territórios.


Abstract This article presents a critical overview of theories and practices that aim to enhance black women's health focusing on the concept of resilience. Beyond the academic literature, mostly from Pyschology, this text mobilizes different sources about racial relations, including the social movement production. Black women are exposed to human rights deprivation, to the inefficency of governmental programs that should guarantee the right to education and to comprehensive health care, among others. They are also frequently exposed to racism and sexism that affect their health. The concept of "resilience as a process" adopted in this article, a result of both the critical reflection on the literature and of research data, supports the adoption of a psychosocial approach resulting from vulnerabilities analysis integrated to a human rights based framework. The conclusion calls for initiatives that include the practical knowledge of black women and for valuing their collective and transgenerational experiences that has supported the overcome of their exposure to extreme vulnerable contexts, experiences that enhanced their processes of resilience. In this perspective, there is a need to consider not only black women's assistance and individual care but also their different experiences of belongingness, their trajectories, their networks, communities and territories.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Relações Raciais , Ajustamento Social , Saúde da Mulher , Direito Sanitário , População Negra , Política de Saúde , Saúde das Minorias Étnicas , Vulnerabilidade em Saúde , Sexismo , Integralidade em Saúde , Serviços de Saúde , Direitos Humanos
19.
Rev. bras. ciênc. saúde ; 20(2): 149-156, 2016. ilus, tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-789415

RESUMO

Introdução: O uso da variável cor/raça em estudos quantitativos tem sido cada vez maior. Contudo, esses estudos são alvo de críticas devido à difícil separação dos reais efeitos da cor/raça daqueles induzidos por outras variáveis. O emprego de Modelagem com Equações Estruturais (MEE) na saúde pode ser útil na análise de corretas estimativas do impacto dessa variável e melhorar a qualidade do ajuste pelas covariáveis confundidoras. Objetivo: Apresentar um exemplo da MEE na análise dos efeitos diretos e indiretos da cor/raça e Status Socioeconômico (SES) sobre a Saúde de idosos brasileiros.Material e Métodos: Trata-se de estudo transversal que incluiu 28.769idosos com e”60 anos de idade da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2008. A variável Saúde é um constructo, que foi medida pelas variáveis autoavaliação do estado de saúde,incapacidade funcional e o número de condições crônicas. As variáveis exploratórias foram: cor/raça autorreferida e o SES. Este constructo mediu-se pelas variáveis escolaridade, renda domiciliar per capita e número de moradores no domicilio. Resultados: O efeito direto da cor/raça sobre a Saúde foi pequeno e negativo. O efeito total (direto e indireto) foi positivo e significante, porém menor que o indireto mediado pela SES, sendo esse o maior efeito da cor/raça sobre a Saúde. O maior efeito observado sobre a Saúde foi da SES. Este efeito é negativo e moderado. Conclusões: Verificou-se que a cor/raça explica parcialmente a Saúde dos idosos, mas esse efeito é menor do que o gerado pela SES. A MEE permitiu contornar alguns problemas metodológicos relacionados ao uso da variável cor/raça em saúde.


Introduction: The use of the variable skin color/race in quantitativestudies has been increasing. However, these studies are subject tocriticism due to the difficulty in distinguishing the actual effectson color/race induced by other variables. The application of StructuralEquations Modeling (SEM) in the health field can be useful for theanalysis of correct estimates of the impact of this variable, as wellas to improve the quality of the adjustment for confoundingcovariates. Objective: To report an example of SEM in the analysisof direct and indirect effects of color/race and SocioeconomicStatus (SS) on the Health of Brazilian elderlies. Material andMethods: This was a cross-sectional study including 28,769 elderliesaged e”60 years surveyed in the PNAD (National Survey byHousehold Sampling), 2008. The variable health is a constructwhich was measured by the variables self-assessment of healthcondition, functional disability and the number of chronic conditions.The exploratory variables were: self-reported color/race and theSS. This construct was measured by the variables: educationallevel, household income per capita, and number of people perhousehold. Results: The direct effect of color/race on health wasfound to be small and negative. The total (direct and indirect)effect was positive and significant, but smaller than the indirectone mediated by SS, which was the greater effect of color/race onhealth. The largest effect observed on health was the SS. Thiseffect was found to be negative and moderate. Conclusion: Theskin color/race partly explains the health of older people, but thiseffect is lower than that caused by the SS. The SEM allowed tobypass some methodological problems related to the use of thevariable color/race in health.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Idoso , Idoso , Saúde das Minorias Étnicas , Iniquidades em Saúde
20.
Cad. saúde pública ; 31(8): 1732-1742, Aug. 2015. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-759497

RESUMO

Whether age is an independent prognostic factor in breast cancer is a matter of debate. This is a retrospective cohort study of 767 breast cancer patients, stages I-III, treated at the Hospital das Clínicas, Minas Gerais Federal University, Belo Horizonte, Minas Gerais State, Brazil, from 2001 to 2008, aiming to study the relationship between age and survival. We included variables related to patients, tumors, and types of treatment. Different sets of Cox models were used for survival analysis. Hazard ratios (HR) and 95%CI were calculated. The relationship between age and breast cancer survival did not change substantially in any of them. In the model that accounted for all variables, women aged 70 and older (HR = 1.51, 95%CI: 1.04-2.18), and 35 or younger (HR = 1.78, 95%CI: 1.05-3.01) had shorter cancer specific survival than patients aged between 36 and 69. In addition, older age, having at least one comorbidity, and being white were associated with a higher risk of dying from other causes. In conclusion, shorter breast cancer survival is expected among the youngest and oldest patients.


É discutível se idade é um fator prognóstico independente para câncer de mama. Conduzimos uma coorte retrospectiva de 767 pacientes com câncer de mama, estádios I-III, tratadas no Hospital das Clínicas, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, de 2001 a 2008, para estudar a relação entre idade e sobrevida. Incluímos variáveis relacionadas às pacientes, aos tumores e ao tratamento. Diferentes conjuntos de modelos de Cox foram construídos. As razões de risco (RR) e IC95% foram calculados. A relação entre idade e sobrevida por câncer de mama não foi alterada substancialmente entre os modelos de Cox. No modelo com todas as variáveis explicativas, as mulheres de 70 anos ou mais (RR = 1,51; IC95%: 1,04-2,18) e até 35 anos (RR = 1,78; IC95%: 1,05-3,01) tiveram sobrevida causa-específica mais curta que as de 36-69 anos. Idades a partir de 70 anos, ter ao menos uma comorbidade e ser branca foram associadas a risco maior de óbito por outras causas. Em conclusão, as pacientes mais jovens e as mais idosas parecem ter sobrevida mais curta por câncer de mama.


Es discutible si la edad es un factor pronóstico independiente para el cáncer de mama. Se realizó sobre una cohorte retrospectiva de 767 pacientes con cáncer de mama, etapas I-III, atendidas en el Hospital de Clínicas, Universidad Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, entre 2001 y 2008, para estudiar la relación entre edad y supervivencia. Incluimos variables relacionadas con las pacientes, los tumores y el tratamiento. Se construyeron diferentes conjuntos de modelos de Cox. Se calcularon los cocientes de riesgo (CR) e IC95%. La relación entre edad y supervivencia del cáncer de mama no ha cambiado substancialmente en los modelos. En el modelo con todas las variables, las mujeres de 70 años o más (CR = 1,51; IC95%: 1,04-2,18) y 35 años o menos (CR = 1,78; IC95%: 1,05-3,01) tuvieron menor supervivencia por cáncer de mama que las de 36 a 69 años. Tener edad avanzada, al menos una comorbilidad, y ser de piel blanca se asociaron a un mayor riesgo de morir por otras causas. En conclusión, las mujeres más jóvenes y las mayores parecen tener menor supervivencia de cáncer de mama.


Assuntos
Adulto , Idoso , Feminino , Humanos , Pessoa de Meia-Idade , Fatores Etários , Neoplasias da Mama/mortalidade , Brasil/epidemiologia , Neoplasias da Mama/patologia , Neoplasias da Mama/cirurgia , Estudos de Coortes , Estadiamento de Neoplasias , Estudos Retrospectivos , Análise de Sobrevida
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA